
A brasileira Juliana Peres Magalhães confessou nesta terça-feira (29) ter participado do assassinato da esposa de seu patrão em Fairfax, Virgínia (EUA). Juliana trabalhava como babá da família e manteve um relacionamento extraconjugal com o patrão, Brendan Banfield, com quem planejou o crime.
O caso
Juliana foi contratada em 2021 para cuidar do filho do casal Brendan e Christine Banfield, de 4 anos. Em 2022, iniciou um caso com Brendan, que passou a arquitetar a morte da esposa para poder viver com a babá.
Segundo as investigações, Brendan criou um perfil falso em nome de Christine em um site de encontros. Ele marcou um encontro com Joe Ryan, atraindo-o até a mansão do casal. Para enganar Joe, Juliana se passou por Christine em áudios de conversa.
No dia marcado, Brendan matou Christine a facadas, enquanto Joe foi morto a tiros pelo casal. Para tentar encobrir o crime, os dois alegaram que Joe teria invadido a casa armado e assassinado Christine, sendo morto em seguida em “legítima defesa”.
Desconfianças e prisões
A versão não convenceu os investigadores. Em outubro de 2023, Juliana e Brendan foram presos. Na época, já viviam juntos como um casal, compartilhavam fotos em redes sociais e até um retrato deles foi encontrado na cômoda de um quarto da mansão.
Um relatório pericial apontou ainda que Brendan esfregou o sangue de Christine em Joe para sustentar a falsa narrativa.
Confissão e possível sentença
Em audiência nesta terça-feira, Juliana se declarou culpada pela morte de Joe, admitindo que participou do plano que resultou nos dois assassinatos. Por ter colaborado, sua defesa acredita que a brasileira pode receber uma pena reduzida, possivelmente equivalente ao tempo já cumprido na prisão, o que abriria caminho para sua liberação após o julgamento.
Já a defesa de Brendan nega as acusações, alegando que as evidências “não se somam” para incriminá-lo pela morte da esposa.