Os centros de detenção familiar têm sido um elemento controverso da política de imigração dos EUA há muito tempo . Enquanto governos anteriores, incluindo os de George W. Bush e Barack Obama, usaram essas instalações para deter famílias de migrantes, o primeiro governo de Donald Trump expandiu seu uso em um esforço para impedir a migração. Depois de ter sido amplamente restringida pelo presidente Joe Biden, a detenção de famílias foi restabelecida no segundo mandato de Trump , reacendendo os debates sobre o tratamento de crianças e famílias migrantes.
Histórico de detenção familiar nos Estados Unidos
A prática de detenção familiar começou sob George W. Bush, que abriu o primeiro centro de grande porte no Texas no início dos anos 2000. Antes disso, as famílias eram normalmente liberadas nos Estados Unidos para aguardar os procedimentos de imigração. O governo Obama expandiu drasticamente a detenção em resposta ao fluxo de migrantes da América Central em 2014, incluindo milhares de famílias em busca de asilo.]
Durante o primeiro mandato de Trump, a detenção de familiares se tornou a base de sua repressão à imigração. Além de deter famílias, sua administração seguiu a política amplamente condenada de separar crianças de seus pais à força na fronteira. Imagens de crianças mantidas em recintos semelhantes a gaiolas provocaram indignação pública, levando à interrupção das separações por ordem judicial em 2018. No entanto, até então, mais de 4.600 crianças haviam sido separadas de seus pais, e centenas delas continuam desaparecidas até hoje.
Quando Biden assumiu o cargo, ele reduziu significativamente o uso de detenção familiar, convertendo algumas instalações em centros de detenção somente para adultos e liberando muitas famílias para programas alternativos; No entanto, ele considerou restabelecer a detenção familiar em 2023, em um momento de recorde de travessias de fronteira, mas acabou abandonando a ideia devido à oposição pública e política.
Agora, Trump retomou a política, abrindo centros de detenção em Karnes e Dilley, no Texas, para manter famílias novamente. A medida está alinhada com sua agenda mais ampla de imigração, com deportações em massa e fiscalização rigorosa nas fronteiras, o que atraiu duras críticas de grupos de direitos humanos.