
No dia 2 de maio, ele e seus colegas foram brutalmente abordados por agentes da Patrulha de Fronteira dos EUA e pela Polícia Rodoviária da Flórida enquanto seguiam para um serviço de paisagismo em um bairro de alto padrão.
Vídeos gravados pelo próprio Laynez, divulgados posteriormente, mostram cenas alarmantes: agentes arrastando passageiros da van — incluindo a mãe do jovem — pelo pescoço, torcendo seus braços e o jogando com o rosto no chão. Um dos trabalhadores, imigrante indocumentado, foi atingido por uma arma de choque (taser) após, segundo os policiais, resistir à prisão.
Laynez, mesmo sendo cidadão americano por nascimento, foi levado a um centro de detenção federal em Riviera Beach, onde permaneceu por cerca de seis horas antes de ser liberado. Já os demais colegas, que não possuem documentação migratória, seguem detidos.
O caso levanta preocupações sérias sobre o uso de força excessiva, perfilamento racial e a forma como operações de imigração vêm sendo conduzidas, especialmente em estados como a Flórida, onde há cooperação ativa entre autoridades locais e federais. A ação foi amplamente criticada por advogados de direitos civis e organizações pró-imigrantes.
“Ser latino não pode ser justificativa para abordagem violenta, muito menos para prisão de um cidadão americano”, afirmou um representante da ACLU (União Americana pelas Liberdades Civis) da região.
A família de Laynez, profundamente abalada, teme represálias, mas decidiu divulgar as imagens como forma de buscar justiça, denunciar os abusos e alertar outros cidadãos — tanto documentados quanto indocumentados — sobre o risco de sofrerem ações arbitrárias mesmo dentro do seu próprio país.
Até o momento, nem o Departamento de Segurança Interna (DHS) nem a Patrulha de Fronteira comentaram publicamente o episódio.