Um trágico acidente aéreo ocorreu na noite de quarta-feira (29) em Washington, DC, quando o voo 5342 da American Airlines, um Bombardier CRJ700, colidiu com um helicóptero militar Sikorsky H-60 do Exército dos EUA. A colisão resultou na queda da aeronave no Rio Potomac, e as autoridades confirmaram que não há sobreviventes entre os 64 ocupantes do avião e os três soldados que estavam no helicóptero.
Até agora, 30 corpos foram recuperados, mas as buscas continuam nas águas geladas do rio.
Passageiros e Impacto na Comunidade da Patinação
O avião transportava 60 passageiros e quatro tripulantes, incluindo patinadores artísticos, treinadores e familiares que retornavam de um evento de desenvolvimento no Kansas. Entre as vítimas estavam os jovens patinadores Spencer Lane e Jinna Hahn, suas mães e os renomados treinadores russos Yevgenia Shishkova e Vadim Naumov, ex-campeões mundiais. A organização US Figure Skating confirmou que vários membros da comunidade de patinação estavam no voo.
O acidente chocou o Figure Skating Club of Boston, que perdeu integrantes importantes. O diretor-executivo do clube, Doug Zeghibe, afirmou que essa tragédia terá "impactos de longo prazo" no esporte. A patinação artística nos EUA já havia sofrido uma grande perda em 1961, quando toda a equipe nacional morreu em um acidente aéreo na Bélgica.
Helicóptero Militar e Investigações
O helicóptero Sikorsky H-60 estava realizando um treinamento noturno com três soldados a bordo. Testemunhas relataram ter visto faíscas e uma intensa luz branca no céu antes da colisão.
O espaço aéreo de Washington, DC, é um dos mais controlados do país, devido ao tráfego civil, militar e presidencial. A Administração Federal de Aviação (FAA) e o National Transportation Safety Board (NTSB) estão investigando as possíveis causas do acidente, que pode estar relacionado a falhas de comunicação ou desvios de rota.
Este é considerado o pior acidente aéreo nos EUA desde 2009, quando um avião caiu em Buffalo, Nova York, matando 50 pessoas.
Reação do Governo
O presidente Donald Trump expressou condolências às famílias das vítimas e criticou a gestão do controle de tráfego aéreo, anunciando a nomeação de um chefe interino para a FAA. A tragédia reacende o debate sobre segurança aérea nos EUA e os desafios do gerenciamento do intenso tráfego na capital do país.