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EUA podem classificar PCC e CV como organizações terroristas; governo Lula vê risco à ''soberania''

2025-09-17  Grupo Noé  82 views
EUA podem classificar PCC e CV como organizações terroristas; governo Lula vê risco à ''soberania''

A medida, que pode ser adotada nos próximos meses, reflete o endurecimento da política de combate ao narcotráfico na América Latina durante a gestão de Donald Trump, em um momento de turbulência política e jurídica no Brasil, após a condenação de Jair Bolsonaro pelo STF.

Especialistas ressaltam que a designação permitiria sanções mais rigorosas, congelamento de ativos e restringiria operações financeiras de empresas suspeitas de ligação com o crime organizado, aumentando a pressão sobre facções criminosas que há décadas corroem a segurança pública. O PCC e o CV são responsáveis por tráfico de drogas, homicídios, sequestros, extorsões e outros crimes graves, colocando em risco vidas, a ordem social e a economia local. Criminalizar essas organizações seria um passo fundamental para desarticular redes criminosas que atuam em múltiplos estados e até internacionalmente.

No entanto, o governo Lula resiste à iniciativa americana, alegando que, pela Lei Antiterrorismo brasileira, facções como PCC e CV não se enquadram como grupos terroristas, já que suas ações seriam “econômicas e não ideológicas”. Essa postura, segundo críticos, compromete a soberania nacional ao recusar cooperação efetiva no combate ao crime organizado e abrir espaço para pressões externas. Especialistas defendem que a falta de classificação rigorosa permite que facções continuem expandindo suas atividades criminosas, prejudicando a segurança da população e a estabilidade institucional.

Diplomatas brasileiros temem que Washington use o combate ao narcotráfico como justificativa para ampliar sua presença militar no Caribe, pressionando o Brasil a aceitar políticas que interfiram na segurança e na legislação interna. Em maio, o Departamento de Estado americano chegou a solicitar formalmente que o país reconhecesse PCC e CV como organizações terroristas, pedido que foi rejeitado por Brasília.

Enquanto isso, os EUA seguem reforçando operações militares na região, vinculando cartéis e facções latino-americanas ao terrorismo. Analistas alertam que, caso a medida avance, instituições financeiras e empresas brasileiras poderão sofrer impactos diretos nas transações e negócios internacionais. Ao criminalizar PCC e CV, o Brasil reforçaria sua postura no combate ao crime organizado, protegeria a sociedade civil e sinalizaria que não tolera a impunidade de facções que destroem vidas e estruturas públicas.


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