A decisão foi anunciada pelo vice-secretário de Estado do governo Donald Trump, Cristopher Landau, que classificou as postagens como “conteúdo online depravado”. Segundo ele, Barbosa não apenas elogiou o autor do disparo pela “pontaria impecável”, como detalhou que o tiro atingiu a “coluna cervical”.

“Este é um profissional licenciado que fez o Juramento de Hipócrates?”, questionou Landau, ao destacar a contradição entre o comportamento do médico e os deveres éticos de sua profissão.

O diplomata afirmou ainda que determinou pessoalmente a inclusão de um alerta permanente nos registros consulares para impedir que Barbosa volte a solicitar visto norte-americano.

No Brasil, a repercussão foi imediata. O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (CRM-PE) abriu procedimento para investigar o neurocirurgião, após denúncia do vereador Thiago Medina (PL). A apuração busca verificar se houve violação ao Código de Ética Médica, que exige respeito à vida e responsabilidade pública na conduta profissional.

Antes de deletar suas redes sociais, Barbosa havia publicado:

“Um salve a este companheiro de mira impecável. Coluna cervical”, escreveu, em referência ao tiro que matou Charlie Kirk.

A declaração provocou revolta entre internautas e reabriu o debate sobre a responsabilidade ética de profissionais de saúde nas redes sociais, principalmente quando se trata de episódios envolvendo violência e política.

Especialistas em bioética alertam que, além de ferir padrões éticos básicos, manifestações como a de Barbosa podem afetar sua credibilidade internacional e até restringir sua atuação profissional em outros países.