O acusado é Tyler Robinson, de 22 anos, natural de Cedar City, Utah.

Segundo o governador Spencer Cox, Robinson teria confessado o crime a um familiar, que repassou a informação a um amigo e, posteriormente, às autoridades. “Agradecemos à família por ter feito a coisa certa ao colaborar com a polícia”, disse Cox em coletiva.

Robinson, que teria sido aluno da Universidade Estadual de Utah, foi ligado ao ataque após imagens de câmeras de segurança mostrarem um jovem subindo a um prédio antes de efetuar o disparo fatal. O rifle Mauser calibre .30-06, utilizado no crime, foi encontrado próximo ao local junto com cartuchos que traziam inscrições com mensagens “transgênero e antifascistas”, cujo significado ainda está sob investigação. O FBI recolheu impressões digitais e pegadas que reforçam a hipótese de um ataque direcionado.

A morte de Kirk gerou ampla comoção política. O governador Cox classificou o caso como um “assassinato político”, e lideranças de ambos os partidos condenaram a violência.

Em resposta, o presidente Donald Trump determinou que as bandeiras fossem hasteadas a meio mastro e anunciou que concederá a Kirk, postumamente, a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta honraria civil dos Estados Unidos.

Trump também defendeu que Robinson, se condenado, receba a pena de morte. O republicano criticou a morosidade do sistema judiciário norte-americano e afirmou que o país deveria adotar modelos mais rápidos de julgamento. “Veja a China, por exemplo, que tem um modelo assim e não espera anos para julgar alguém”, disse.

Segundo ele, a demora nas execuções enfraquece a aplicação da pena máxima: “Se o assassino de Charlie for culpado, teremos que mantê-lo e alimentá-lo por anos, talvez 25 anos. Isso é inaceitável.”