
Na manhã desta segunda-feira (29), o Centro Nacional de Furacões (NHC) informou que o sistema estava a cerca de 240 milhas a sudeste de Cape Canaveral, Flórida, com ventos sustentados de 60 mph e deslocamento para o norte a 9 mph.
Atualmente, Imelda segue se fortalecendo sobre as Bahamas, que permanecem sob avisos de tempestade tropical. Rajadas de até 83 mph já foram registradas em Treasure Cay, no norte de Great Abaco, enquanto a tempestade avança gradualmente para longe da região.
O cone de previsão indica que o sistema deve se desviar para o leste, afastando-se da Flórida e colocando Bermuda no caminho de um possível furacão entre quarta-feira (1º) e quinta-feira (2). Meteorologistas alertam que, ao interagir com a corrente de jato, Imelda pode se transformar em uma tempestade extratropical poderosa, capaz de gerar uma faixa estreita de ventos extremamente violentos — fenômeno raro e de alto risco para a ilha.
Na Flórida, os principais impactos esperados são o mar agitado e as condições perigosas de navegação. Ondas de 7 a 10 pés podem atingir regiões costeiras como Miami e a Baía de Biscayne, representando risco para embarcações e atividades recreativas. Ventos sustentados de 15 a 25 nós, com rajadas de até 34 nós, também são previstos, podendo derrubar árvores e causar destelhamentos pontuais.
Além disso, a tempestade trouxe chuvas para as Carolinas, intensificadas por uma frente fria estacionária. Apesar da redução no risco de grandes enchentes, inundações localizadas ainda podem ocorrer até terça-feira (30), especialmente em áreas de baixa altitude ou com drenagem precária.
Furacão Humberto mantém força
Paralelamente, o Furacão Humberto segue como sistema de Categoria 4, mesmo enfrentando cisalhamento de vento e ciclo de substituição do olho. O ciclone deve enfraquecer gradualmente enquanto se desloca para nordeste, a oeste de Bermuda.
Embora o centro permaneça a cerca de 200 milhas da ilha na terça-feira (30), ventos de tempestade tropical podem atingir o arquipélago. Humberto é o terceiro furacão da temporada de 2025, o segundo de Categoria 5 e o terceiro de Categoria 4 ou 5 — configurando a maior proporção de furacões intensos já registrada desde o início do monitoramento por satélite.