O presidente Donald Trump declarou na sexta-feira (16) que pretende seguir prorrogando o prazo para o fechamento do aplicativo TikTok nos Estados Unidos, enquanto a plataforma busca um comprador americano para sua participação majoritária. A decisão ocorre apesar de o Congresso ter aprovado a possibilidade de banir o aplicativo caso a empresa chinesa ByteDance não efetue a venda.
Trump minimizou as preocupações relacionadas à segurança nacional e à privacidade de dados, afirmando que elas são “altamente exageradas” e reiterou que é fã do aplicativo. “Eu mesmo uso o TikTok e considero uma ferramenta incrível, tanto para entretenimento quanto para comunicação”, afirmou durante coletiva.
Desde o início de seu segundo mandato, o presidente já prorrogou o prazo três vezes, sendo a próxima extensão prevista para vencer em 17 de setembro. Segundo Trump, essas prorrogações são necessárias devido à “complexidade das negociações”, e ele garantiu que há compradores americanos interessados em adquirir a participação da ByteDance e manter a operação do TikTok nos Estados Unidos.
Recentemente, Trump também criou uma conta oficial da Casa Branca na plataforma, utilizando-a para comunicação com seguidores e divulgação de mensagens governamentais, reforçando seu posicionamento favorável ao aplicativo. Apesar da controvérsia, as prorrogações e ordens executivas relacionadas ao TikTok não enfrentaram contestações judiciais significativas até o momento.
A situação, no entanto, divide a opinião pública americana. Pesquisas do Pew Research Center indicam que cerca de um terço da população apoia o banimento do TikTok, enquanto parcela semelhante é contrária e o restante permanece indeciso. Entre os que apoiam a proibição, 80% citam preocupações com a segurança de dados como o principal motivo para a medida.
Especialistas em tecnologia e segurança cibernética apontam que o caso do TikTok representa um dilema complexo entre proteção de informações sensíveis e liberdade de expressão, além de refletir tensões comerciais e políticas entre Estados Unidos e China. Analistas também observam que o desenrolar da negociação pode estabelecer precedentes sobre como empresas estrangeiras podem operar no mercado americano sob supervisão regulatória.