Uma obra de 90 mil pés quadrados (cerca de 8.360 m²) com capacidade para 650 convidados sentados.
Será a primeira grande adição arquitetônica à Casa Branca desde a instalação da varanda Truman, em 1948.
“A Casa Branca queria um salão de baile há 150 anos, mas nunca teve um especialista em imóveis”, disse Trump no último fim de semana, ao lado da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, durante um evento em seu resort na Escócia.
Estilo dourado, inspiração em Mar-a-Lago
Segundo imagens divulgadas pela administração, o novo “salão de festas estatal” será decorado em estilo Luís XIV, com colunas coríntias douradas, cristais, teto ornamentado e mármore em padrão xadrez. A arquitetura remete diretamente ao salão principal da residência de Trump em Mar-a-Lago, em Palm Beach — uma das joias do império imobiliário do presidente.
Três das paredes do novo salão contarão com janelas em arco, voltadas para o lado sul da Casa Branca, com vista para os novos mastros gigantes de bandeiras instalados por Trump nos jardins norte e sul.
O salão será construído no local atualmente ocupado pela Ala Leste, onde tradicionalmente ficam os escritórios da primeira-dama. Durante as obras, esses espaços serão temporariamente realocados, segundo informou a secretária de imprensa Karoline Leavitt.
“Nada será demolido”, garantiu Leavitt. “A estrutura será modernizada e integrada com o novo espaço.”
Financiamento privado e crítica ao passado
A construção será financiada por Trump e doadores privados, cujos nomes não foram revelados. Segundo Leavitt, o projeto resolve um “problema histórico” da Casa Branca: a falta de espaço para eventos formais de grande escala. Atualmente, o maior salão interno — o East Room — acomoda apenas cerca de 200 pessoas.
Em administrações anteriores, jantares de Estado com centenas de convidados precisaram ser realizados em tendas temporárias, algo que Trump considera inaceitável para o que chamou de “a casa do povo”.
Reações e promessas
A chefe de gabinete da Casa Branca, Susie Wiles, defendeu a iniciativa como um investimento duradouro que valoriza a residência oficial sem comprometer sua herança histórica.
“O presidente Trump é um construtor nato com olhar afiado para os detalhes. Estamos comprometidos em preservar a história da Casa Branca enquanto oferecemos uma melhoria estrutural que beneficiará futuras gerações”, afirmou Wiles.
O projeto será liderado pela empresa McCrery Architects, com execução da Clark Construction e engenharia da gigante AECOM. As obras devem ser concluídas antes do fim do mandato atual de Trump, que termina em janeiro de 2029.