A supervisora ​​de São Francisco, Jackie Fielder, emitiu uma forte condenação na sexta-feiradepois que um homem vestindo uma jaqueta “ICE Immigration” foi supostamente visto em uma taqueria no Mission District.

Fielder disse em um comunicado que na quinta-feira à noite "membros da comunidade testemunharam um homem branco usando um boné vermelho com a inscrição 'Trump Won' e um blusão com a inscrição 'ICE Immigration' na frente e atrás jantando em uma taqueria na Mission Street".

Na declaração, Fielder disse que o homem estava se passando por um agente federal de imigração e o chamou de “terrorista buscando intimidar nossa comunidade imigrante e atiçar o medo”, citando leis federais que proíbem se passar por um agente ou funcionário dos EUA. Ela acrescentou: “Se e quando eles retornarem à Missão, eles serão tratados.”

Em uma entrevista ao Chronicle, ela se recusou a revelar o nome da taqueria e disse que os donos do restaurante desejam permanecer anônimos.

Simplesmente usar um corta-vento “ICE Immigration” dificilmente se qualifica como personificação de um agente federal, de acordo com Bill Hing, professor de direito na Universidade de São Francisco e diretor fundador da Immigration and Deportation Defense Clinic da escola. Esses corta-ventos estão prontamente disponíveis para compra online, uma rápida pesquisa na internet mostra, e provavelmente não violam leis de direitos autorais, disse Hing.

“Se a pessoa está apenas andando pela rua e não fazendo mais nada, isso pode ser considerado uma fantasia de Halloween”, Hing disse ao Chronicle. “Se a pessoa se envolve em alguma conversa ou faz uma alegação ou intimida as pessoas ao redor, então você está começando a adicionar fatos que tornariam isso um crime.”

Embora vestir trajes intimidadores possa não ser ilegal em si, Hing disse, "pode ​​não ser preciso muito" para que outras ações sejam interpretadas — e processadas — como representação. Qualquer coisa, desde se elevar sobre um frequentador de restaurante em sua mesa, ou mesmo ficar na porta de um restaurante e examinar o ambiente, pode ser considerada uma "ação culpável", disse ele.

“Se alguém está pensando em fazer algo assim, é melhor se comportar, porque isso se torna um ato criminoso”, disse Hing. Ele acrescentou: “É uma pena porque a comunidade está no limite de qualquer maneira, e isso não ajuda.”

Segundo a lei federal, alguém condenado por se passar por um funcionário ou autoridade federal pode pegar até três anos de prisão e/ou multas.

O avistamento acontece em um momento tenso, quando rumores surgiram sobre as ações do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA em São Francisco. No final de janeiro, um aluno da Visitacion Valley Middle School disse aos administradores que foi abordado por um agente do ICE em um ônibus Muni, levando o Distrito Escolar Unificado de São Francisco a emitir uma carta às famílias alertando-as sobre o encontro relatado. O boato foi desmascarado, mas os medos permaneceram .

O prefeito de San Jose, Matt Mahan, confirmou que agentes do ICE realizaram uma operação na cidade em 26 de janeiro , mas disse que sua administração não tinha detalhes sobre a ação de fiscalização.

Fielder disse que não planeja pressionar por uma ação legal contra o homem e reconheceu que provavelmente não há fundamentos legais para isso. Sua declaração foi pensada como um aviso para futuros imitadores em potencial, ela disse, observando que ela falou com a polícia sobre monitorar ações que chegam ao nível de personificação criminosa.

O incidente de quinta-feira foi a primeira vez que Fielder disse ter ouvido falar de alguém usando um item de roupa com o brasão “ICE” em seu distrito desde que assumiu o cargo em janeiro. Supostos imitadores do ICE foram vistos no Mission District durante o primeiro mandato do presidente Trump, disse Fielder.

“É importante que qualquer futuro imitador saiba que se eles se apresentarem como funcionários federais, eles serão responsabilizados por um padrão criminal”, disse Fielder. Ela acrescentou: “É importante que, como uma autoridade eleita, eu deixe claro que não há tolerância zero para isso em nossa comunidade.”

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