
Segundo o gabinete do secretário estadual Bill Galvin, Hirshfield vendia notas promissórias afirmando que o dinheiro seria usado para financiar veículos e pequenos empréstimos, mantendo a aparência de um negócio familiar legítimo fundado por seu pai em 1948, em Springfield.
Na prática, a empresa teria usado recursos de novos investidores para pagar juros e resgatar o capital de investidores antigos — característica típica de esquemas Ponzi. Em 2012, o Departamento de Bancos já havia proibido a empresa de captar recursos, e em 2014 sua licença estadual foi revogada.
Ainda assim, Hirshfield continuou atraindo aportes, com cerca de US$ 7,2 milhões sendo usados apenas para manter os pagamentos do esquema. Em abril de 2025, os repasses cessaram, e a Divisão de Valores Mobiliários já recebeu 54 reclamações formais.
Boa parte das vítimas vive em Springfield e tem ligação histórica com a Ideal, incluindo descendentes de clientes antigos — alguns parentes entre si. As perdas afetaram fundos de aposentadoria, poupanças para emergências e até reservas para educação de filhos e netos.
Galvin pede que Hirshfield e a Ideal sejam impedidas de violar as leis de valores mobiliários, devolvam os lucros obtidos ilegalmente e ressarçam os investidores com juros. O caso seguirá para audiência administrativa.