
As especulações ganharam força após os Estados Unidos anunciar uma recompensa milionária de US$ 50 milhões por informações que levem à captura do líder venezuelano, aumentando a pressão internacional sobre o regime chavista.
Fontes públicas relataram que os mercenários desembarcaram na capital venezuelana e foram recepcionados por agentes da Divisão contra Delinquência Organizada da Polícia Nacional Bolivariana. Conhecido por operações em zonas de conflito na África, Síria e Ucrânia, o grupo Wagner atua frequentemente em troca de concessões minerais e contratos bilionários.
Presença militar estrangeira
Criado em 2014 durante os conflitos iniciais entre Rússia e Ucrânia, o grupo Wagner se tornou uma das principais ferramentas de guerra não convencional de Moscou. Sua atuação é oficialmente negada pelo governo russo, mas há relatos de apoio logístico, armamento e treinamento fornecidos pelas forças armadas russas.
A chegada dos mercenários acendeu alertas na comunidade internacional, indicando que Maduro pode ceder recursos naturais estratégicos do país em troca de proteção militar. A presença do Wagner em Caracas é vista como um movimento agressivo para consolidar o controle interno e dissuadir ações externas. Historicamente, o grupo foi acusado de execuções sumárias, torturas e violações de convenções internacionais.
Impactos regionais
A presença dos combatentes russos também levanta preocupações entre países vizinhos. O Brasil mantém silêncio, apesar do fluxo contínuo de venezuelanos atravessando a fronteira devido à crise humanitária.
A recompensa dos EUA, somada à entrada do Wagner, cria um cenário de tensão diplomática. Estimativas sobre o número de mercenários variam de pequenas equipes a centenas de combatentes em território venezuelano.
Para o Kremlin, apoiar o Wagner na Venezuela é uma forma de influenciar a política regional sem empregar tropas regulares. Para Maduro, trata-se de tentar blindar-se contra ameaças externas e internas, mesmo correndo o risco de traição daqueles que contratou para protegê-lo.