A relação comercial entre Brasil e Estados Unidos é marcada por uma clara assimetria, favorecendo os norte-americanos. Os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, tanto em importações quanto em exportações. Em contrapartida, o Brasil ocupa a nona posição entre os países que mais importam dos EUA e a 18ª entre os que mais exportam para o mercado americano.
Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o Brasil depende da economia americana, enquanto o contrário não ocorre. "Eles precisam de nós. Nós não precisamos deles. Todos precisam de nós", declarou Trump. Especialistas concordam que o Brasil depende mais economicamente dos Estados Unidos do que o inverso, mas ressaltam que o papel do Brasil no comércio bilateral não deve ser subestimado.
Em 2023, o comércio de bens entre Brasil e EUA totalizou US$ 75 bilhões, consolidando os Estados Unidos como o segundo principal destino das exportações brasileiras, atrás apenas da China. Além disso, os EUA são o terceiro maior fornecedor de produtos estrangeiros ao Brasil, representando 15,8% das importações brasileiras.
No mesmo ano, 9.553 empresas brasileiras exportaram produtos para o mercado norte-americano, o maior número registrado nos 200 anos de relações comerciais entre os dois países.
A relação entre Brasil e Estados Unidos vai além do comércio de bens, abrangendo também serviços e investimentos. De acordo com o Banco Central, o Brasil recebeu US$ 10 bilhões em investimentos diretos dos EUA em 2023, totalizando US$ 91,9 bilhões nos últimos dez anos. Até 2022, o estoque de investimento dos EUA no Brasil era de US$ 229 bilhões.
Embora haja uma dependência maior do Brasil em relação aos Estados Unidos, a parceria entre as duas nações é significativa e mutuamente benéfica, abrangendo diversos setores e contribuindo para o desenvolvimento econômico de ambos os países.
Para uma análise mais detalhada sobre a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos, assista ao vídeo abaixo: